29 de setembro de 2016

Desconexão do VM durante a punção venosa central de subclávia, realmente necessária?

Saudações colegas!!!

Quem trabalha em UTI e nunca escutou: - Ô Fisio, me ajuda aqui no central, que vou fazer subclávia e não quero um pneumotórax; se referindo à desconexão do ventilador no momento da punção. 

Mas essa atitude é baseada em nada mais que um raciocínio fisiológico e bom senso?

Para sanar essa dúvida, o estudo Influence of Mechanical Ventilation on the Incidence of Pneumothorax During Infraclavicular Subclavian Vein Catheterization: A Prospective Randomized Noninferiority Trial, que é um ensaio clínico randomizado com 332 pacientes (165 no Grupo Controle e 167 no Grupo Experimental) que realizaram acesso venoso central pela veia subclávia. O Grupo Controle permaneceu na VM e o Grupo Experimental, foi desconectado durante a punção.

Resultado? A incidência de Pneumotórax no Grupo Controle foi de 0% e no Experimental de 0,6%. Além desse resultado, a queda de saturação periférica aconteceu de forma mais comum no Grupo que foi desconectado do VM (9 pacientes vs 0 pacientes p= .007). A taxa de sucesso e número de tentativas foi similar.

Uma coisa que não foi avaliado foi o nível de PEEP médio dos pacientes. Além disso, devemos salientar que os procedimentos foram feitos for profissionais treinados e com experiência. 

O resultado seria outro com PEEP alta e com profissionais pouco experientes/R1?

Até a próxima!!!

Caio Veloso da Costa
Fisioterapeuta do Hospital Sancta Maggiore - Prevent Senior
Especialista em Fisioterapia Intensiva - Adulto pela ASSOBRAFIR/COFFITO
Especialização latu sensu em Saúde do Adulto e do Idoso com área de concentração em Urgência e Emergência pela Residência Multiprofissional em Atenção Hospitalar da UNIFESP
LinkedIn: Caio Veloso da Costa




Referência:

1- Kim E, Kim HJ, Hong DM, Park HP, Bahk JH. Influence of Mechanical Ventilation on the Incidence of Pneumothorax During Infraclavicular Subclavian Vein Catheterization: A Prospective Randomized Noninferiority Trial. Anesth Analg. 2016 Sep;123(3):636-40. doi: 10.1213/ANE.0000000000001431

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